quinta-feira, 14 de março de 2013

"O LIvro dos Dias"

Existem livros que ficam connosco não importa há quanto tempo os lêmos. Foi o que me aconteceu com "O Livro dos Dias" de Stephen J. Rivelle, uma tradução do diário de um nobre cruzado françês que relata a sua experiencia aquando da primeira cruzada à Terra Santa. A cada virar de pagina apercebemo-nos das mudanças que esta aventura opera no protagonista, mudanças essas que nos fazem comprender totalmente as opções finais de um homem que viveu arduos dias numa experiencia enriquecedora. Deiso-vos aqui um momento engraçado da obra, embora o autor não tivesse achado graça nenhuma na altura.


 "Dia dois de Setembro
  Darei uma palavra acerca da higiene. Nunca vivi perto dos camponeses e, por isso, não avaliava verdadeiramente como era uma gente imunda até a este momento. Nunca tomam banho, nem sequer se preocupam com os dentes, das roupas nem mesmo com as dejecções. Urinam onde estão, sem perderem tempo a tirar as meias. E, quando defecam fazem-no durante a marcha, sem nenhuma consideração pelos companheiros e sem nenhum esforço por se limparem em seguida. O resultado é um odor que aumenta com o calor e se pode sentir a meia légua de distância. Sinto-me embaraçado em os levar para uma aldeia ou vila."

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