Não consigo fazer um balanço positivo de Portugal na comunidade europeia. Quando em 86 Soares assinou os documentos eu era ainda uma criança, mas ao contrário dos meus pais, achei que aquele passo iria ser inportante para o desenvolvimento economico do país e consequentemente trazer melhorias às condições de vida das pessoas...
Infelizmente o tempo provou que estava errada pois os fundos que entraram no país, e que deveriam ter sido usados para financiar esse desenvolvimento, foram desperdiçados em autoestradas e construções imobiliárias que estão às moscas nos dias de hoje.
Esqueceram-se que para um país progredir e preciso investimentos que nos façam produzir, só assim poderemos criar condições para mais postos de trabalho que façam de fato diferença na economia do páís e na vida das pessoas.
Hoje penso que deveriamos ter investido muito mais nas nossas relações economicas com o Brasil em vez de nos termos virado para a Europa, felizmente acho que ainda vamos a tempo de retificar isto
No entanto não acredito em chorar sobre o leite derramado já que o passado não pode ser mudado.
O que devemos fazer é seguirmos em frente pensando em como atrair investidores que sejam inteligentes o suficiente para verem as riguezas que temos em Portugal, como por exemplo os recursos que a natureza nos deu -sol, vento e mar- visto não termos tido a mesma sorte do Chipre com as suas reservas não exploradas de gaz natural (E sim, sei que o governo de Socrates tentou investir nisso e falhou, a verdade é que nunca o deveria ter feito sozinho e sim em parceria com investidores privados oferecendo condições apelativas relativamente a pagamento de impostos etc)..
Existe por cá muito boa gente formada em energias renovaveis que estão a deixar o país por melhores oportunidades pois a oferta de trabalho por cá não é o que deveria ser quando todos nós deveriamos encarar esta industria como a industria do futuro, aquela que nos permitirá autonomia em relação às energias não renovaveis que para além de nos escravisarem perante os países que as produzem, destroem o nosso planeta.
Mas como a esperança é à última a morrer, fico a espera do milagre de vêr alguém com dinheiro e cerebro para finalmente arriscar num projeto assim.
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