segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Os debates

 Tenho andado a ver os debates para me decidir em quem vou votar a 10 de Março, mas devo dizer que existem muitos que não me ajudam minimamente.

O de ontem entre Sousa Real e Montenegro foi uma das poucas exceções. Eu que já votei várias vezes no PAN porque defendo muitas das suas causas, acabei por me decidir a não votar no partido.

Eu já aqui tinha dito que Inês Sousa Real ainda não me tinha convencido como líder do partido e esperava com estes debates ficar convencida.

O facto de o partido fazer alianças à esquerda e a direita não me faz qualquer confusão, só demonstra inteligência porque quando votamos num partido o que queremos é que as medidas propostas por este sejam implementadas e só aliando-se a quem governa se pode fazer isso. 

Mas voltando aos debates, alguns houve, em que achei que esteve bem, mas o de ontem (apesar de ela ter ganho o debate) permitiu-me ver um lado extremamente radical de S.R.

Em relação às touradas, já mencionadas por ela em outros debates, devo dizer que apesar de não concordar com esta atividade, não sou tão radical. Penso sim que se deveria fazer uma adaptação para que o touro não fosse torturado durante duas horas, adaptação essa que passaria por modificar as farpas permitido que estas aderissem ao animal sem o ferir (muito como é feito nos USA), trazendo as touradas para o século XXI.

Mas foi ao querer demarcar-se da AD que Sousa Real perdeu completamente o meu voto!

É que a Líder do PAN falou do PSD e do CDS como se estes nunca tivessem estado à frente da governação de Portugal. Nunca nós vimos estes dois partidos a defenderem a violência doméstica, nem a alterarem a lei do aborto!

Não me venham falar no PPM e no seu líder, porque esse partido é uma nulidade dentro do universo eleitoral português e Camara Pereira, tal como o nome do seu partido indica (Partido Popular Monárquico), e tão obsoleto quanto a monarquia no nosso país.

Agora à esquerda tenho Rui Tavares que tem provado ser extremamente preparado e fez-me finalmente diferenciá-lo do resto da esquerda , ao centro tenho a AD, uma vez que acho que têm razão ao quererem fazer mudanças porque da maneira como estamos não saímos da "Cepa torta" e o IL porque considero que têm algumas medidas interessantes para a nossa economia embora ache que não estamos preparados para uma mudança tão radical.

O PS e a CDU para mim, como escrevi noutra publicação, nem sequer entram nestas eleições (o primeiro porque tem Pedro Nuno Santos como líder (e eu já vi o que significa para ele ser "fazedor" quando era ministro das infraestruturas), o segundo porque ao não condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, perdeu o meu voto definitivamente.

Ventura, para além de eu não concordar com o que ele diz sobre a imigração é leviano no seu uso do populismo o que não me surpreende minimamente (foi pena o protagonismo que o PS lhe deu para minar o PSD, porque existe por aí muito boa gente que o acha o máximo, sem querer saber se o que ele propõe para o país é bom ou não).

Já Mortágua, para além do radicalismo do BE, descobri que é tão populista e avessa à verdade, quanto Ventura (com aquela historia da avó que teria sido ameaçada de despejo quando vai-se a ver...não o foi).

"O debate da avó", como eu lhe apelidei, apesar do populismo de Mortágua, demonstrou preparação de ambos os candidatos, pelo que o considerei o melhor, e até reconheci um empate técnico entre M.M. e L. M., contudo Montenegro acabou por ganhar o debate, na minha opinião, quando se descobriu que Mortágua havia mentido.

Conclusão, estou reduzida a três partidos, Livre, AD e IL.

 

  

 

 

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